2- Festa em São Borja.
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Na madrugada de sábado para domingo, embarquei junto ao consulado de Guaíba rumo a Floripa, outras centenas de Colorados haviam feito isso ao longo do feriado do final de semana passado. Pessoas que se somariam a muitos residentes na região determinadas a transformar aquela capital. A viagem foi tranquila, e uma sacola de sonhos de conquistas nós transportávamos. A chegada no destino, com o tempo nublado, já avisava o que poderia vir à tarde. Todos os destinados Colorados se reuniram no consulado de Florianópolis por volta das 11:00 para uma simbólica confraternização e logo almoçar. À tarde, uma rigorosa revista policial aconteceu, mesmo que fosse necessária, achei que a forma foi igualada a pessoas que teriam antecedentes de mau comportamento em solo Catarina, que pelo o que sei não era o caso, haja vista que ali estavam dezenas de famílias e pessoas educadas para viver em sociedade. Enfim, comprido o cronograma sem qualquer tipo de problemas, fomos escoltados até o estádio da Ressacada.
O motivo principal a que teríamos viajado estava por chegar, lotamos nossos poucos lugares no estádio, e uma chuva nos tomou em seguida. Agora nossa camuflagem vermelha e branca fortalecia-se, um vento frio passava ali, a pele era aquecida com o sangue Colorado, as milhares de vozes rugiam o Internacional.
O jogo começou e a festa no solo quase que gaúcho era prevista, pois os representantes da batalha mostravam a que vieram, no entando era necessário tomarmos cuidado, porque uma festa mal progetada pode acabar em sonho eternizado. Fabiano Eller fez a diferença, marcou o primeiro gol, e o som do Beira Rio rugiu no Estado de Santa Catarina: "Inter, estaremos contigo, tu és minha paixão, não importa o que digam, sempre levarei comigo, minha camisa vermelha, a cachaça na mão, o gigante te espera, para começar a festa, xalaialaia, xalaialaia..."! Em seguida, uma entrada imprudente do sagueiro Índio tornou as coisas mais difíceis. No segundo tempo, nosso Colorado veio mais calteloso, continuávamos dominando o adversário, embora a desvantagem numérica desfavorecesse. A raça foi o que veio a transparecer neste momento, parecia que os milhares de Colorados , ali presentes, estavam incorporados no guerreiro, meio campo Magrão, quando marcou o segundo gol. Por fim, nosso sagueiro Bolivar resolveu apimentar ainda mais essa conquista, pois em outra entrada imprutende cometeu falta e foi espulso de campo, trazendo tanta superação para o restante do grupo que fez essa partida se tornar memorável. Final Inter 2 x 0 Havaí.
Mas a jornada heróica do povo Colorado não acabou aí, na saída do estádio a superação seria psicológogica, posto que ficamos (jogadores e torcedores)trancados durante horas no estacionamento do estádio, devido a desorganização para o escoamento do trânsito num jogo desta proporção.
Abraço!
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Ontem na cidade de São Borja foi realizado mais um evento consular, tratavasse de um fraterno encontro de Colorados da cidade e dos arredores. Muitas famílias de diferentes etinias compareceram à festa, Colorados e Coloradas matando a saudade de seu amado Sport Club Internacional.
Na chegada a São Borja, após a recepção pelo Consul Eduardo, um almoço diferenciado num "pesque-pague", onde o proprietário, ambientalista da região, em conversa com Luis Carlos Hauber (diretor social), conhecido como Lilico, trataram de uma futura medida a ser tomada pelo Sport Club Internacional - 100.000 sócios e 100.000 árvores. Na minha opinião, uma medida expetacular.
Após uma magnífica carreata pela aconchegante cidade, à noite, chegamos ao salão do evento, onde recebemos o carinho do povo Colorado da região. As celebrações seguiram acontecendo por toda noite, e num certo momento, numa das oportunidades em que fui chamado a subir ao palco, perguntado pelo apresentador do evento qual era minha expectativa para o Inter este ano, respondi no calor da emoção: - Campeãoooo! Era a palavra de uma paixão, contudo o que nós devemos pensar como projeto, não é só colher o fruto, e sim semear diariamente a árvore plantada, seria nesse exemplo a manutenção do quadro social, continuarmos se associando e fazendo a árvore da alegria, chamada Internacional, dar a nós os frutos semeados há 100 anos. Tudo que se faz hoje deve ser visto como investimento, é o que eu sempre digo: "meu filho vai herdar esse clube, portanto, irei plantando e colhendo!
No final do evento, o encerramento foi com chave de ouro, pois a Banda Ataque Colorado deu à noite a sensação de estarmos no Beira Rio, muita emoção transparecia no rosto de todos presentes. Os organizadores estão de parabéns pelo sucesso, e por terem conseguido levar até a distante cidade o pulsar do Gigante da Beira Rio!
Abraço e saudações Coloradas!
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